segunda-feira, 5 de maio de 2014

Dica de Leitura


Texto: Nívia Ribeiro
Fotos: Divulgação
O que refrigera a alma? Para mim, a leitura e a escrita cumprem muito bem o papel. É companhia em momentos de tristeza; alegria; solidão; nostalgia... e até de ócio!
A morte do escritor colombiano Gabriel García Márquez, no mês de abril, me trouxe um sentimento de nostalgia e, com ele, a vontade de reler “Cem anos de solidão” e “O amor no tempo do cólera”.

O fato me fez refletir em como uma pessoa pode passar pela terra sem se dar o prazer de ler ou ouvir poemas do português Fernando Pessoa ou ter passado a infância suprimido da sonoridade dos brasileiros Carlos Drummond de Andrade; Cecília Meireles, pelo menos “A canção dos tamanquinhos” ou “Ou isto ou aquilo”.

Com os pensamentos a vagar pelo mundo fantástico das letras, viajo ao sul do Brasil em encontro a Érico Veríssimo, com o seu “Ana Terra”. Da seriedade dos romances do pai, chego ao humor presente nas crônicas do filho Luís Fernando Veríssimo.


Retorno a Minas, especificamente a Cordisburgo e me permito embrenhar em “Grandes sertões veredas”, de Guimarães Rosa.


Penso em termos de país e me vem à mente o ufanismo de José de Alencar, contando a história da formação do povo brasileiro com o amor do branco europeu pela índia “Iracema”. O Brasil colônia também é relatado em muitas palavras de Gilberto Freyre, em “Casa grande e senzala”. Graciliano Ramos já é mais regional ao relatar a dura realidade dos retirantes nordestinos em “Vidas secas”. Machado de Assis, por sua vez, escolhe como cenário a sociedade hipócrita de época, do Rio de Janeiro, para criticar em “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Jorge Amado, ah! Esse baiano arretado também se inspirou na própria terra e, dotado de uma imaginação pra lá de fértil, fez de suas obras narração de romances calientes, como em “Mar morto” e “Capitães da areia”, usou como pano de fundo o cais com seus trapiches e o mar, aquele que dá vidas mas também as tira!
 

Como comentar literatura sem citar metáforas? Ninguém melhor que o chileno Pablo Neruda um dos mais importantes poetas da língua castelhana e, a amada Matilda lhe inspirou muitas, muitas metáforas! Como em “Cem sonetos de amor”.


Clarisse Lispector, com “A hora da estrela”, foi capaz de mostrar os sonhos da maioria dos jovens brasileiros de pouca renda e a única hora em que o “povão” se torna estrela.


Qual jovem, necessitado de um pouco de romantismo, não recorreu a Saint Exupéry, com passagens do “Pequeno Príncipe” ou a Richard Bach, em “Longe é um lugar que não existe” e “Fernão Capelo gaivota”?
Se dermos um pulo pela literatura infantil, encontraremos muitos autores de peso como Bartolomeu Campos de Queirós; Lia Luft; Sílvia Orthof; Monteiro Lobato; o teatro de Ana Maria Machado; os irmãos Grimm... Tantos que se consolidaram e os contemporâneos que vem se despontando no mercado.

Vamos ao exterior. Como um jovem pode viver sem os mistérios de Sidney Sheldon, deixou marcas com “O outro lado da meia noite” ou os romances policiais, como “Morte sobre o Nilo”, de Ágatha Christie? Shakespeare

dispensa comentários! Na literatura fantástica creio que se encaixa “As Crônicas de Nárnia” e na simbologia o autor Dan Brown, com “O Código da Vinci”.
 
Depois de tantas dicas, posso dar mais uma(s)? Vá a uma biblioteca, livraria, casa de uma amigo, baixe um e-book... e boa leitura!










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